segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Achegas sobre as interacções sociais

As interacções sociais não correspondem a actos isolados dos indivíduos. Mesmo quando esses actos detém um significado muito grande para os próprios. De resto, o termo de social está lá para nos relembrar que este tipo de interacções nos dá conta de que elas possuem um grau de organização apreciável. Daí que elas possuam um sentido e uma finalidade específica. Participar numa interacção social exige, deste modo, uma prévia socialização. Apenas um eu socializado poderá apresentar um «conjunto de atitudes organizadas pelas quais o indivíduo reconhece as expectativas dos outros e as consequências das suas acções» (Ferreira et al, Sociologia: 300). É assim que George Herbert Mead lança as bases de uma teoria das interacções sociais, a qual é uma das mais importantes em Sociologia. Nisto ele retoma o conceito de acção social de Weber, pelo qual a referência última dos nossos comportamentos quotidianos reside nas expectativas recíprocas que são do domínio do senso comum e nas finalidades da acção. O eu socializado que está pronto para poder participar nas mais variadas interacções sociais quotidianas torna-se por via disso um actor social capaz de realizar actos sociais.

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