quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sistemas de cultura no masculino e no feminino

Em 1935, Margaret Mead, antropóloga americana, publicava o livro Sexo e Temperamento em Três Sociedades Primitivas
Nesse livro, produto das suas investigações realizadas na Nova Guiné nos inícios dos anos 30, Mead procurava responder à questão que se tornou o fio condutor da sua observação: até que ponto as diferenças de temperamento entre os sexos eram culturalmente determinadas, relativamente às características herdadas geneticamente?
Mead descobriu diferentes padrões de comportamento masculino e feminino em cada uma das três culturas que estudou, todas elas, por sua vez, diferentes das assignações de comportamento esperadas e atribuídas aos dois sexos na sua sociedade de origem - a sociedade norte-americana dos anos 30. 
Assim, entre os Arapesh, o temperamento tanto masculino como feminino era igualmente gentil, receptivo e cooperativo. Entre os Mundugumor, tanto os homens como as mulheres eram violentos e agressivos, desejando activamente relações de poder e competindo por posições sociais que permitem-se dominar essas relações. Por último, os Tchambuli, diferiam completamente dos outros dois povos. Nestes, os homens e ram mais passivos e emocionalmente dependentes relativamente às mulheres, as quais eram dominadoras, impessoais no tratamento e assumiam o controlo e a decisão dos mais diversos assuntos.
O trabalho de Mead, tal como podemos ainda perceber, foi alvo de muitas críticas, porém, constituiu um marco pioneiro nas investigações posteriores sobre as relações de género nas ciências sociais.

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